O que é RFID?
A tecnologia de RFID (radio frequencyidentification –
identificação por radiofreqüência) nada mais é do que um termo genérico para as
tecnologias que utilizam a freqüência de rádio para captura de dados. Por isso
existem diversos métodos de identificação, mas o mais comum é armazenar um
número de série que identifique uma pessoa ou um objeto, ou outra informação,
em um microchip.
Tal tecnologia permite a captura automática de dados, para
identificação de objetos com dispositivos eletrônicos, conhecidos como
etiquetas eletrônicas, tags, RF tagsou transponders, que emitem sinais de
radiofreqüência para leitores que captam estas informações. Ela existe desde a
década de 40 e veio para complementar a tecnologia de código de barras,
bastante difundida no mundo.
A sua
principal função hoje não é simplesmente substituir o código de barras, pois
ela é uma tecnologia de transformação que pode ajudar a reduzir desperdício, limitar
roubos, gerir inventários, simplificar a logística e aumentar a produtividade.
Uma das maiores vantagens dos sistemas baseados em RFID é o fato de permitir a
codificação em ambientes hostis e em produtos onde o uso de código de barras
não é eficaz.
Breve história
A historia do sistema da transmissão por radiofreqüência tem
sua bases no sistema de radares utilizados na Segunda Grande Guerra Mundial. Os
países envolvidos na grande guerra utilizavam radares inventados em 1935 pelo
físico escocês Robert Alexander Watson-Watt, para avisá-los com antecedência de
aviões enquanto eles ainda estavam bem distantes. Porem, os radares não
identificavam aliados de inimigos. Foi aí que os alemães descobriram que se seu
pilotos fizessem uma determinada manobra (360° ao longo do eixo de simetria)
quando estivessem retornando à base iriam modificar o sinal de rádio que seria
refletido de volta ao radar. Esse é, essencialmente, considerado o primeiro
sistema de RFID.
A Inglaterra, tendo o Sr. Watson-Watt do seu lado, desenvolveu
o primeiro identificador ativo de amigo ou inimigo (IFF – IdentifyFriendorFoe).
Todo avião britânico recebeu um transmissor que, ao receberem sinais das
estações de radar, começavam a transmitir um sinal de resposta. Os RFID de hoje
funcionam pelo mesmo princípio: um sinal é enviado a uma etiqueta eletrônica,
que é ativada e reflete de volta o sinal (sistema passivo) ou transmite seu
próprio sinal (sistemas ativos).
Nas décadas de 50 e 60, cientistas de varias partes do mundo
(Estados Unidos, Europa e Japão) divulgaram pesquisas a respeito de como a
energia de radiofreqüência poderia ser utilizada para identificar objetos em
varias situações.
No setor comercial, a sua primeira utilização se deu em
sistemas antifurto, que utilizavam ondas de rádio para determinar se um item
havia sido roubado ou pago normalmente. Foi neste contexto que surgiram os tags
(etiquetas eletrônicas), que fazem parte do sistema de RFID até hoje.
Como funciona
Componentes do RFID
Um sistema de RFID é basicamente composto por dois
componentes:
Transponder (tag) - que se situa no objeto a ser
identificado,
Leitor - que, dependendo da tecnologia usada, pode ser um
dispositivo de captura de dados ou de captura/transmissão de dados
modelo básico de funcionamento de um sistema de RFID
Leitor
O leitor ou antena, utilizando umsinal de rádio, é o meio
que ativa o Tag para trocar/enviar informações. As antenas são fabricadas em
diversos formatos e tamanhos com configurações e características diferentes,
cada uma para um tipo de aplicação. Existem soluções onde a antena, o
transceiver e o decodificador estão no mesmo aparelho, recebendo o nome de
"leitor completo”. Além disso, muitos leitores são feitos com uma
interface adicional que permite a ele enviar os dados recebidos a um outro
sistema (PC, sistema de controle de um robô, etc).
Minec 4X Memor2000
Tipos de
leitores
Em termos de função não há diferença de umleitor de código
de barras e de conexão ao restante do sistema. Porém, o leitor opera pela
emissão de um campo eletromagnético (radiofreqüência), que é a fonte que
alimenta o Transponder, que por sua vez, responde ao leitor com o conteúdo de
sua memória. Ao contrário de um leitor laser, por exemplo, para código de
barras, o leitor não precisa de campo visual para realizar a leitura do Tag,
podendo ler através de diversos materiais como plásticos, madeira, vidro,
papel, cimento, etc.
Quando o Tagpassa pela área de cobertura da antena, o campo
magnético é detectado pelo leitor. O leitor então decodifica os dados que estão
codificados no Tag, passando-os para um computador realizar o processamento.
Este tipo de configuração é utilizado, por exemplo, em aplicações portáteis.
Transponder
O transponder representa o dispositivo que carrega os dados
reais de um sistema de RFID. Consiste normalmente de uma antena e um microchip
eletrônico. Quando o transponder, que não possui geralmente sua própria fonte
de energia (bateria), não está dentro da freqüência de resposta de um leitor, é
considerado totalmente passivo. O transponder é ativado somente quando está na
mesma freqüência de um leitor. A energia requerida para ativar o transponder é
fornecida a ele através da antena, que também transmite o pulso e os
dados.OsTransponders (ou RF Tag) estão
disponíveis em diversos formatos (pastilhas, argolas, cartões, etc), tamanhos e
materiais utilizados para o seu encapsulamento que podem ser o plástico, vidro,
epóxi, etc. O tipo de Tag também é definido conforme a aplicação, ambiente de
uso e performance.
Existem duas categorias de RF Tag
Ativos – São alimentados por uma bateria interna e
tipicamente permitem processos de escrita e leitura.
Passivos – Operam sem bateria, sendo que sua alimentação é
fornecida pelo próprio leitor através das ondas eletromagnéticas.
O custo dos RF Tag ativos são maiores que o RF Tag passivos,
além de possuírem uma vida útil limitada de no máximo 10 anos (os passivos têm,
teoricamente, uma vida útil ilimitada). Os Tags passivos geralmente são do tipo
só leitura (read-only), usados para curtas distâncias.
A capacidade de armazenamento também
varia conforme o tipo demicrochip. Por exemplo, em sistemas passivos, as
capacidades podem variar entre 64 bits e 8 k
Modelo de microchip RFID
RF Tags ativos
RF Tag passivo
Principio de funcionamento
Há uma variedade enorme de princípios diferentes para operar
sistemas de RFID. O retrato abaixo fornece um pequeno exame de princípios da
operação
Os princípios mais importantes são o acoplamento indutivo e
o acoplamento backscatter, que serão abordados mais detalhadamente abaixo.
Acoplamento indutivo
Um transponder indutivo é composto de um microchip e uma
bobina, que funciona como uma antena. Os transponders operados por meio
indutivo são quase sempre passivos. Para a transmissão de energia, a bobina da
antena do leitor gera um campo eletromagnético forte, de alta freqüência, que
penetra a seção transversal tanto da bobina como da área a sua volta. Uma vez
que a escala de freqüência da onda que se usa é várias vezes maior do que a
distância entre a antena do leitor e o transponder, o campo eletromagnético
pode ser tratado como um campo magnético em alternância.
Uma parte pequena do campo emissor interage com a bobina da
antena do transponder, que está a uma determinada distância da bobina do
leitor. Pela indução magnética, uma tensão é gerada na bobina da antena do
transponder. Esta tensão é retificada e serve como a fonte de alimentação para
o microchip. Um capacitor é conectado paralelamente à bobina da antena do
leitor. A capacitância é selecionada de forma a combinar com a indutância da
bobina da antena para dar forma a um circuito ressonante paralelo, ou seja,
para se obter uma freqüência ressonante que corresponda com a freqüência da
transmissão do leitor. Correntes muito elevadas são geradas pela bobina da
antena do leitor pelo amplificador de ressonância no circuito ressonante
paralelo, que pode ser usado para gerar a energia requerida do campo para a
operação do transponder remoto. A bobina da antena do transponder e o seu
capacitor em paralelo dão forma a um circuito ressonante ajustado à freqüência
da transmissão do leitor. A tensão na bobina do transponder alcança um valor
máximo devido ao amplificador de ressonância no circuito ressonante paralelo.
princípio de acoplamento do sistema indutivo
Como descrito acima, o sistema indutivo é baseado em um
transformador do tipo acoplamento entre a bobina preliminar no leitor e a
bobina secundária no transponder. Porém isto só é verdade quando a distância
entre as bobinas não excede 0.16 do comprimento de onda, de modo que o
transponder esteja situado nas proximidades da antena do transmissor. Se um
transponder ressonante for colocado no do campo magnético alternado da antena
do leitor, este extrai a energia do campo magnético. Este consumo de potência
adicional pode ser medido como a queda de tensão na resistência interna nas
antenas do leitor através da corrente da fonte à antena do leitor.
Conseqüentemente, a alternância da resistência na antena do transponder efetua
mudanças na tensão na antena do leitor e tem assim o efeito de uma modulação de
amplitude de tensão da antena feito pelo transponder. Se a alternância do
resistor for controlada por dados, então estes dados podem ser transferidos do
transponder ao leitor. Este tipo de transferência de dados é chamado de
modulação de carga. Para recuperar os dados no leitor, a tensão medida na
antena do leitor é retificada. Isto é chamado “demodulação”(do inglês
demodulation) de um sinal modulado por amplitude.
Acoplamento backscatter
Pela tecnologia de radares nós sabemos que as ondas
eletromagnéticas são refletidas por objetos com dimensões superiores à metade
do seu comprimento de onda. A eficiência com que um objeto reflete ondas
eletromagnéticas é descrita pela sua seção transversal de reflexão
Princípio de funcionamento do
acoplamento backscatter
A energia P1 é emitida pela antena do leitor, mas somente
uma pequena parte desta energia alcança a antena do transponder . A energia P1'
(P1'< P1) é fornecida às conexões da antena como a tensão e após a
retificação feita pelos diodos D1 e D2, esta pode ser usada como voltagem
inicial tanto para a desativação como para a ativação do modo econômico de
energia. Os diodos usados são os diodos de barreira fraca de Schottky, que têm
uma tensão particularmente baixa no ponto inicial. A tensão obtida pode também
ser suficiente para servir como uma fonte de alimentação para distâncias
curtas. Uma parte da energia entrante P1 ' é refletida pela antena e retornada
como o sinal P2. As características da reflexão da antena podem ser
influenciadas alterando a carga conectada à antena.
A fim transmitir dados do transponder ao leitor, um resistor
RL é ligado conectado em paralelo com a antena, trabalhando de modo alternado
em sincronia com a transmissão dos dados. A amplitude de P2 refletida do
transponder pode assim ser modulada. O sinal P2 refletido pelo transponder é
irradiado no espaço livre. Uma parte pequena deste é captado pela antena do
leitor. O sinal refletido viaja através da conexão da antena do leitor no
sentido contrário, e pode ser desacoplado usando um acoplador direcional para
depois ser transferido ao receptor de um leitor. Em média, o sinal do
transmissor é aproximadamente dez vezes mais forte do que o recebido de um
transponder passivo.
Faixas de Freqüência
Uma vez que os sistemas de RFID geram irradiam ondas
eletromagnéticas, são classificadas como sistemas de rádio. A função de outros
serviços de rádio deve sob nenhuma circunstância ser prejudicada ou danificada
pela operação de sistemas de RFID. É particularmente importante assegurar-se
que os sistemas de RFID não interfiram em serviços de rádio móveis (polícias,
serviços de segurança, indústria), serviços de rádio marinhos e aeronáuticos e
telefones móveis.
A necessidade de se fazer valer este cuidado acaba por
restringir significativamente a escala de freqüência apropriadas e disponíveis
para o funcionamento de um sistema de RFID. Por esta razão, geralmente só é
possível usar as escalas de freqüência que foram reservadas especificamente
para aplicações industriais, científicas ou médicas ou para dispositivos curtos
em escala. Estas são as freqüências classificadas mundialmente como de escalas
de freqüência de ISM (Industrial-Cientific-Medical), e podem também ser usadas
para aplicações de RFID.
Faixa de freqüência que operam:
Sistemas de Baixa Freqüência (30KHz a 500KHz) – Para curta
distância de leitura e de baixo custo operacional. Normalmente utilizados para
controles de acesso, rastreabilidade e identificação;
Sistemas de Alta Freqüência (850MHz a 950MHz e 2,4GHz a
2,5GHz) – Para leitura em médias e longas distâncias e leituras a alta
velocidade. Normalmente utilizados para leitura de Tags em veículos e coleta
automática de dados.
Utilidades Práticas
A tecnologia RFID, por ser mais prática em relação ao código
de barras (mais mobilidade, maior segurança na transmissão de dados, tempo de
leitura da ordem de 100 milissegundos), vem sendo utilizada por áreas cada vez
mais diversificadas. Ainda sim, o seu uso potencial promete uma penetração de
mercado bem maior da que se tem hoje. Vejamos então algumas das aplicações já
inseridas nos setores de produção e serviço.
Setor Industrial
A indústria dos meios de transporte é mais uma que já se
beficia com uma rede de leitores RFID estáticos. Por exemplo, RFIDs fixados nos
pára-brisas de carros alugados podem guardar a identificação do veículo, de tal
forma que as locadoras possam ter acesso a relatórios automaticamente usando
leitores de RFID nos estacionamentos, além de ajudar na localização dos
veículos.
Este sistema também é usado em pedágios. O consumidor possui
um tag em seu carro e os leitores estáticos se situam no pedágio. Ao passar por
ele, o tag é ativado e as informações dos carros são recolhidas e salvas em um
banco de dados. No final do mês, a empresa responsável remete uma conta a ser
paga em banco para o usuário, cobrando uma taxa proporcional ao número de vezes
que ele passou no pedágio.
As empresas aéreas também podem fazer uso dos leitores estáticos.
Colocando RFID nas bagagens, diminui-se consideravelmente o número de bagagens
perdidas uma vez que os leitores identificariam o destino das bagagens e as
encaminham de forma mais eficiente.
Identificação de Bagagens em Aeroportos
Na industria os sistemas de RIFD são largamente utilizados.
Uma destas é a identificação de ferramentas, que no caso de grandes indústrias
facilita os processos de manutenção e de substituição e administração das
mesmas. Mas outro campo que sistemas RFID podem tanto melhorar a rapidez e
qualidade do serviço, como também ter um papel de segurança nas indústrias é na
identificação de recipientes, embalagens e garrafas, principalmente em produtos
químicos e gases, onde um erro na hora de embalar pode causar sérios problemas.
Hoje, a identificação de recipientes nas indústrias é feita
através do código de barras, porem indústrias que trabalham com reações
químicas precisam de um nível de confiabilidade muito maior do que o fornecido
pelo código de barras. Além disso, as etiquetas eletrônicas são mais
adaptáveis, podendo assumir qualquer formato, e mais robustas, podendo
condições hostis, como poeira, impactos, radiação, ácidos e temperaturas muito
altas ou muito baixas, podendo variar de -40ºC a +120ºC
RFID utilizado em logística
Comercial
São largamente utilizados leitores de RFID móveis: os
leitores de RFID podem ser instalados em aparelhos que fazem parte do dia-a-dia
das pessoas, como os celulares. Colocando um destes celulares em frente a um
produto com RFID obtém-se seu preço, por exemplo, assim como suas
especificações. O celular também pode ser usado para compras, através da
leitura do RFID de um determinado produto. A companhia de cartão de crédito
efetua o pagamento através da autorização do celular.
O uso desta tecnologia também pode ser aplicado na gerência
de estoques e armazéns quando estes tem uma alta movimentação de produtos, pois
RFID permite um controle mais ágil já que não é preciso contato direto entre o
funcionário e os produtos como no código de barras. Esta gerência pode ser
feita por RFID desde o estoque até os estabelecimentos comerciais.
diagrama de funcionamento de um estoque utilizando RFID
Caminhões que fazem o serviço de
entrega dês mercadorias também podem ser equipados com sistema de
radiofreqüência para um monitoramento mais ágil e eficiente. Leitores
instalados nas caçambas dos caminhões monitoram os produtos que entram e saem
da caçamba e as informações sobre o tipo de mercadoria transportada, hora que
foi entregue, etc, são salvas em um computados de bordo.
caminhão equipado com estruturas de RFID
Uso na gerência de bibliotecas
Em bibliotecas e centros de informação, a tecnologia RFID é
utilizada para identificação do acervo, possibilitando leitura e rastreamento
dos exemplares físicos das obras com mais rapidez e facilidade ..
Uma micro etiqueta (1 a 2 mm) é inserida normalmente na
contracapa dos livros, dentro de revistas e sobre materiais multimídia (CD-ROM,
DVD) para que se possa rastreá-los à
distância.
Uma vez que é possível converter facilmente os códigos
identificadores existentes atualmente no código de barras para etiquetas RFID,
as grandes bibliotecas podem aderir a esta nova tecnologia sem grandes
problemas
Dentre todos os serviços prestados pela biblioteca e
realizados para o controle do acervo, estão listadas algumas das áreas onde é
útil a implantação de RFID:
Auto-atendimento
Controle de acesso
de funcionários e usuários
Devolução
Empréstimo
Estatística de
consulta local
Leitura de estante
para inventário do acervo
Localização de
exemplares mal-ordenados no acervo
Localização de
exemplares em outras bibliotecas da rede
Re-catalogação
funcionamento de uma biblioteca através de RFID
Apesar de ser possível o uso de etiquetas de RFID para
segurança anti-furto de acervo (algumas etiquetas permitem gravar a informação
se está ou não emprestado em um bit de segurança) sua utilização não é
recomendável uma vez que pode-se inibir a leitura do tag envolvendo-o em recipientes
metálicos.
Segurança
Ao se falar em segurança, RFID é associado a controle de
acesso, que nada mais é do que a simples idéia de áreas serem restritas somente
quem ou a o que tiver um tag com determinadas informações. Assim, para se
fraudar a segurança ter-se-ia que possuir um tag com as informações específica
e a freqüência certa de operação do leitor.
Além do controle de acesso, um sistema RFID pode prover na
área de segurança outros serviços. O principal destes é o sistema de
imobilização. Os controles de alarme estão no mercado há anos, e são pequenos
transmissores de rádio freqüência que operam na freqüência de 433.92 MHz. Neste
tipo de sistema de segurança para carros, o problema é que não é somente este
controle que pode acionar o destravamento do carro. Se o controle que o
destrava for quebrado, o carro também pode ser aberto através das chaves, por
um processo mecânico, e não reconhece se a chave inserida é original do carro.
É aí que atecnologia dos transponders de RFID podem agir, verificando a
autenticidade da chave: se o sistema não reconhecer o tag da chave, o sistema
de imobilização do carro é acionado.
Identificação Animal
Este tipo de sistema usado na identificação dos animais
ajuda no gerenciamento dos mesmos entre as companhias, no controle de epidemias
e garantia de qualidade e procedência. Seu uso é também praticado em animais
silvestres para controle de migração, ajudando no estudo das espécies. A
identificação animal por sistemas de RFID pode ser feita de quatro maneiras diferentes:
Colares - fáceis de serem aplicados e transferidos de um
animal para o outro; é usado geralmente apenas dentro de uma companhia
Brincos - são as tags de menor custo, e podem ser lidas a
uma distancia de até um metro
Injetáveis - injetáveis, que são usadas a cerca de 10 anos,
ela é colocada sob a pele do animal com uma ferramenta especial, um aplicador
parecido com uma injeção
Ingeríveis (bolus) - é um grande comprimido revestido
geralmente por um material cerâmico resistente a ácido e de forma cilíndrica, e
pode ficar no estomago do animal por toda sua vida.
Manutenção
As principais preocupações em um processo de manutenção de
sistemas complexos podem ser sumarizadas em:
· informações
precisas e atuais sobre os objetos;
· transferência
em tempo real das informações dos incidentes críticos e
· acesso rápido
as bases de conhecimento necessárias para a solução do problema.
Com RFID é possível manter um histórico do objeto, com todos
os procedimentos de manutenção nele já realizados,o que é ideal para manutenção
preventiva e ainda propicia uma melhora na documentação do processo de
manutenção, permitindo relatórios mais eficientes, além de uma redução dos
custos administrativos em decorrência da diminuição da burocracia.
Diariamente no aeroporto de Frankfurt os técnicos percorrem
o aeroporto efetuando as tarefas de manutenção necessárias. Para tal, os
técnicos se autentificam nos dispositivos móveis (usando também o RFID),
recebendo suas atividades do dia. Após o término da checagem de cada
equipamento escalonado para sua inspeção, o técnico registra seu RFID uma
segunda vez, criando, assim, um registro de manutenção. Com isso, somente na
manutenção de extintores, reduziu- se extraordinariamente o custo para tal,
pois , uma tarefa que outrora consumira 88 mil paginas de papel que eram
arquivados por ano passou a ser feita de forma automática.
Futuro do RFID
Nos últimos anos houve avanços consideráveis na tecnologia
utilizada para o RFID tais como poder de alcance, miniaturização, etc. Porem,
diversos solucionados ainda precisam ser solucionados para que se possa admirar
uma ampla expansão desta tecnologia no futuro. Estes problemas se concentram
muito na aplicação que é feita do dispositivo, de modo que em determinadas aplicações
RFID já é uma realidade enquanto que para outras, somente há a teoria uma vez
que certos problemas ainda persistem. Os desafios que se sobressaem são:
Preço: embora
atualmente os preços destes dispositivos estejam competitivos a ponto de substituir
inclusive códigos de barra em produtos, para produtos de baixo valor (e baixo
lucro) esta substituição não se mostra vantajosa (por isso a tendência é esta
substituição primeiro em produtos de alta margem de lucro). Este é apenas um
exemplo dentre as aplicações imaginadas (e ainda não imaginadas) de onde o
preço da tecnologia ainda deve cair.
Distância de
leitura: independentemente do problema de poder de processamento, algumas
aplicações podem requerer que a identificação de dispositivos com RFID seja
feita a muitos metros de distância, o que ainda não é suportado.
Poder de
fornecimento de energia: para dispositivos com RFID ativo, o tempo de vida da
bateria ainda é um problema. De fato, este é um problema generalizado entre os
dispositivos móveis, sejam computacionais ou não. A curta duração da carga das
baterias atuais limita o desenvolvimento de novos dispositivos e aplicações,
pois estes requerem mais poder de processamento, que por sua vez requer maior
fornecimento de energia. Para dispositivos com RFID passivo, embora eles sejam
energizados no momento da utilização pelo leitor, a carga obtida por esta
energização é proporcional à distância que este se encontra do leitor, de modo
que quanto mais distante menor a carga obtida. Isto também limita o
desenvolvimento de novas aplicações, obrigando-as a ficarem mais próximas do
leitor para receberem a carga apropriada para o processamento, o que pode fugir
completamente do propósito da aplicação.
Miniaturização: embora pequenos o suficiente para serem colocados em
etiquetas, algumas aplicações podem necessitar de dispositivos RFID
imperceptíveis à visão e ao tato, para permitir sua total integração à rotina
das pessoas. Outras podem requerer um alto número de dispositivos no mesmo
local, de modo que o tamanho atual dos dispositivos inviabiliza esta
acumulação.
miniaturização
Em estimativa feita pela empresa Gartner, especialista em
análise de informações na área de tecnologia foi previsto para que no ano de
2010 a tecnologia de RFID tenha investimentos de mais de 3 bilhões de dólares.
Christopher Lafond, vice-presidente da Gartner, menciona que esta tecnologia
não pretende substituir o código de barras, mas sim ser implantada em sistemas
caóticos (hospitais por exemplo), onde dará suporte para se conseguir obter uma
organização mais sistemática.
Outras vertentes do possível uso da tecnologia do RFID são
discutidas a seguir:
Marketing direcionado
A tecnologia de RFID poderá auxiliar o mais eficiente tipo
de propaganda que é a propaganda direcionada. Um bom exemplo desta aplicação
está nas vendas de CDs e DVDs. Cada CD ou DVD da loja possui um tag contendo
determinadas informações a respeito do produto. Quando um consumidor se
interessa pelo produto e o puxa da prateleira, um leitor estrategicamente
posicionado lê o tag e começa a passar informações a respeito daquele produto
em uma tela acima da prateleira (vídeos com pequenos trechos do produto,
entrevistas com artistas produtores, etc). Assim, a propaganda se torna mais
eficaz uma vez que ela é ativada quando o consumidor mostra interesse no
produto.
loja convencional de CDs e DVDs
Pagamento automático no setor comercial
Pesquisadores sugerem que a extinção dos caixas tradicionais
no comércio esta assegurada, dando lugar a sistemas de RFID. Cada produto do
estabelecimento comercial conterá um tag passivo contendo informações tais como
o seu tipo e preço. Na saída da loja haverá leitores que captarão as
informações de todos os produtos que o consumidor está comprando (os leitores
lêem em média 40 tags por segundo) e o valor destes produtos será descontado da
conta do cliente (este portará um cartão de crédito/débito que também será lido
pelos leitores da loja para que o pagamento possa ser efetuado
instantaneamente).
Implantes humanos
Pesquisadores da área de saúde sugerem que um dia um pequeno
chip RFID implantado embaixo da pele, poderá transmitir seu número e automaticamente
acessar um completo registro de sua saúde. Funcionários do hospital, remédios e
equipamentos também podem ser etiquetados, criando um potencial de
administração automática, reduzindo erros e aumentando a segurança.
No caso de uma emergência, o chip pode salvar vidas, já que
acaba com a necessidade de testes de grupo sangüíneo, alergias ou doenças
crônicas, além de fornecer o histórico de medicamentos do paciente. Com isso
obtém-se maior agilidade na busca de informações sem a necessidade de localização
dos prontuários médicos.
Um experimento feito com implantes de RFID foi conduzido
pelo professor britânico de cibernética Kevin Warwick, que implantou um chip em
seu braço em 1998. A empresa Applied Digital Solutions propôs seus chips
"formato único para debaixo da pele" como uma solução para
identificar fraude, segurança em acesso a determinados lugares. acesso a
computadores, banco de dados de medicamento, iniciativas anti-seqüestro entre
outros. Combinado com sensores para monitores as funções do corpo, o
dispositivo Digital Angel poderia monitorar pacientes. O Baja Beach Club, uma
casa noturna em Barcelona, na Espanha, e em Rotterdam, na Holanda usa um chips
implantado em alguns de seus frequentadores para identificar os VIPs.
Em 2004 um escritório de uma firma mexicana implantou 18
chips em alguns de seus funcionários para controlar o acesso a sala de banco de
dados.
A Applied Digital Solutions
anunciou um chip implantado sob a pele. Nesse caso, quando alguém for a um
caixa eletrônico, bastará fornecer sua senha bancária e um scanner varrerá seu
corpo para captar os sinais de RD que transmitem os dados de seu cartão de
crédito.
Transponder em Seres Humanos Implante de um chip subcutâneo
Outras aplicações
Alguns vendedores têm combinado Tag de RFID com sensores de
outros tipos. Isto pode permitir que o Tagemita não apenas a mesma informação
repetidamente, mas também identificar a informação junto com dados escolhidos
pelo sensor. Por exemplo, um Tag de RFID preso à perna de um bezerro poderia
relatar nas leituras a temperatura das últimas 24 horas, para se assegurar de
que a carne estivesse sendo mantida corretamente.
“DogTags” baseados em RFID podem ajudar a tropas
norte-americanas a identificar-se. A unidade é pequena o bastante para ser
carregada facilmente. O tag de RFID transmite informações gerais e também a
posição do soldado. Com esse sistema, pretende-se permitir que um atirador
pergunte a seu alvo - “amigo ou inimigo(friendorfoe)?” - e mandar o alvo
responder se é aliado, reduzindo o chamado “friendlyfire”, que significa atirar
em soldados aliados.
Os ministros dos países membros da União Européia se puseram
de acordo quanto ao uso dos passaportes biométricos e os primeiros foram
emitidos em 2006. São dotados de um chip RFID que, além da identificação do
portador (nome, filiação, data e país de nascimento) contém, inicialmente, sua
foto digitalizada e dados faciais (um conjunto de números, que representam uma
intrincada relação entre parâmetros característicos do rosto humano – como
distâncias e ângulos entre olhos, boca, nariz, maçãs faciais – e outros dados
antropométricos usados por uma tecnologia de identificação denominada
reconhecimento de fisionomia). Dentro de três anos, o chip conterá também a
impressão digital digitalizada.
Prós e Contras
A
principal vantagem do uso de sistemas RFID é realizar a leitura sem o contato e
sem a necessidade de uma visualização direta do leitor com o Tag. É possível,
por exemplo, colocar a RF Tag dentro de um produto e realizar a leitura sem ter
que desempacotá-lo, ou, por exemplo, aplicar o Tag em uma superfície que será
posteriormente coberta de tinta ou graxa. O tempo de resposta é baixíssimo,
tornando-se uma boa solução para processos produtivos onde se deseja capturar
as informações com o Tag em movimento. O custo da RF Tag apresentou uma queda
significativa nos últimos anos, tornando-a viável em alguns projetos onde o
custo do produto a ser identificado não é muito alto.
Porém, essa mesma característica que motiva o uso de RFID em
determinadas situações, acaba por se tornar um obstáculo em outras aplicações
uma vez que há um risco dos consumidores perderem a privacidade ao adquirirem
produtos com tags. A ameaça à privacidade vem quando o RFID permanece ativo
quando o consumidor deixa o estabelecimento. Uma loja poderia por exemplo,
colocar tags RFID em todos os seus produtos e os clientes poderiam ter um
cartão de crédito que automaticamente debitaria o valor das compras na hora que
o cliente saísse da loja, sem precisar passar pelo caixa. O que acontece por
exemplo, se uma loja de roupas decide colocar esses tags invisíveis em todas as
roupas: quando um comprador retorna à loja, ele pode ser reconhecido. Mesmo com regulamentação governamental, a
situação pode se tornar rapidamente uma ameaça à privacidade. No momento a indústria de RFID parece dar
sinais divergentes sobre se as tags devem ser desativadas ou deixadas em ativo
por padrão.
Vantagens do Uso da Identificação por Radiofreqüência
•Capacidade de armazenamento, leitura e
envio dos dados para etiquetas ativas;
•Leitura sem
necessidade de proximidade d leitor para a captação dos dados;
•Robustez das
etiquetas com possibilidade de reutilização ;
•Precisão na
transferência de dados e velocidade no envio dos mesmos;
•Localização
dos itens ainda em processos de busca;
•Prevenção
contra roubos e falsificação de mercadorias;
•Coleta de
dados de animais ainda no campo;
Todas
essas vantagens acima listadas giram em torno das três principais
características dos sistemas de RFID que são a durabilidade das tags, a
precisão na transmissão de dados e a realização de leitura sem necessidade de
contato.
Desvantagens do uso da Identificação por Radiofreqüência
• O custo
elevado da tecnologia RFID em relação aos sistemas de código de barras é um dos
principais obstáculos para o aumento de sua aplicação comercial. Atualmente,
uma etiqueta inteligente custa nos EUA cerca de 25 centavos de dólar, na compra
de um milhão de chips. No Brasil, segundo a Associação Brasileira de Automação,
esse custo sobe para 80 centavos até 1 dólar a unidade;
• O preço
final dos produtos, pois a tecnologia não se limita apenas ao microchip anexado
ao produto. Por trás da estrutura estão antenas, leitoras, ferramentas de
filtragem das informações e sistemas de comunicação;
• O uso em
materiais metálicos e condutivos pode afetar o alcance de transmissão das
antenas. Como a operação é baseada em campos magnéticos, o metal pode
interferir negativamente no desempenho;
• A
padronização das freqüências utilizadas para que os produtos possam ser lidos
por toda a indústria, de maneira uniforme.
• A invasão
da privacidade dos consumidores por causa da monitoração das etiquetas coladas
nos produtos.
Outro problema comum do RFID é o “readercollision” (colisão
de leitores) e o “tagcollision” (colisão de tags). A colisão de leitores ocorre
quando os sinais de dois ou mais leitores se sobrepõem. O tag é incapaz de
responder a dois leitores simultaneamente. Os sistemas devem ser ajustados com
cuidado para evitar esse problema. A colisão de tags ocorre quando muitos tags
estão muito próximos; mas como o tempo de leitura é muito pequeno, é mais fácil
para os vendedores desenvolver sistemas que se asseguram de que os tags
respondam um de cada vez
Possíveis Soluções:
Em meio a tantas possibilidades de violação da segurança,
existem estudos para que a tecnologia RFID seja implantada sem causar danos aos
seus usuários. Isso faz com que seu uso em larga escala seja viável e que a
vida das pessoas seja facilitada sem nenhum transtorno.
Algumas possíveis soluções são:
Criptografia:
assim como é utilizado nas mensagens eletrônicas (e-mails), o advento da
tecnologia faz com que somente emissor e receptor possam ter acesso a
informação contida na etiqueta. Qualquer pessoa que tentar obter esses dados
ilicitamente terá que decifrar um código já comprovadamente altamente
confiável.
Códigos: neste
caso, o conteúdo da etiqueta só poderia ser usado mediante o uso de um código.
Por exemplo: em um supermercado, o usuário deveria usar um código para liberar
a compra usando RFID.
Dispositivos
metálicos: envolvida com estojo feito de um material reflexivo ( estudo indicam
o alumínio como principal candidato ), a etiqueta ficaria livre de
interceptações quando naõ estivesse em uso.
Para o problema de
“readercollision” a solução seria o Zombie RFID tag (tag zumbi). É um Tag que
pode ser temporariamente desativado quando sai da loja. O funcionamento seria
assim: você traz sua compra até o caixa, o leitor de RFID lê o produto, você
paga por ele e antes de sair da loja, você passa um dispositivo especial que
emite um sinal ao Tag para que ele pare de funcionar. Isto é, ele já não pode
mais ser lido. O termo “zumbi” vem quando você traz um produto de volta à loja
e faz a devolução do mesmo. Um dispositivo feito especialmente para aquele tipo
de Tag reanima a etiqueta, permitindo que o produto volte à venda.
Implantação de regras, como:
Os consumidores
devem ser notificados quanto à presença de RFID nos produtos, e em quais deles
isto acontece;
Tags RFID devem ser desativadas na saída do caixa do
estabelecimento;
Tags RFID devem ser colocadas na embalagem do produto, e não
nele próprio;
Tags RFID devem ser bem visíveis e facilmente removíveis.
Vantagens
e Desvantagens da RFID em Relação ao Código de Barras
Comparativo entre o
Código de Barras e a RFID
caracteristicas
|
Rfid
|
Código de barras
|
Resistência mecanica
|
alta
|
baixa
|
formatos
|
variados
|
etiquetas
|
Exige contato
|
nao
|
sim
|
Vida util
|
alta
|
baixa
|
Possibilidade de escrita
|
sim
|
nao
|
Leitura Simultanea
|
sim
|
nao
|
Dados adicionados
|
alta
|
baixa
|
Funções adicionais
|
sim
|
nao
|
seguranca
|
alta
|
baixa
|
Custo inicial
|
alto
|
baixo
|
Custo de manutencao
|
baixo
|
alto
|
reutilizacao
|
sim
|
nao
|
Neste comparativo observamos que as RFID oferecem diversas
vantagens quando comparadas ao código de barras. São superiores na sua
substituição, formatos, segurança, manutenção, etc. Podem até mesmo ser
reutilizadas.
Conclusão
Bibliografia
http://www.rfidnews.org/
http://www.metrored.com.br/index.php
http://pt.wikipedia.org/wiki/RFID
http://www.wirelessbrasil.org/wirelessbr/colaboradores/sandra_santana/rfid_01.html
http://www.technovelgy.com/
http://www.rfid-handbook.com
http://www.gta.ufrj.br/grad/07_1/rfid/RFID_arquivos/Index.htm
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